Lamento ainda sentir o mesmo, lamento ter-me deixado ir. Eu deixei-te ir com o pó que a tua fotografia ganhou. Deixei-te ir no meu tempo ilimitado a que pertencerás sempre. E eu choro a tua perda porque era suposto hoje especialmente hoje, estares ao meu lado - aliás, não só hoje. Digo-te mais uma vez que era suposto teres ficado comigo mais tempo. Era suposto ainda partilhar memórias. Era suposto comemorarmos os nossos dias, juntos. Hoje que tinha guardado memorias para te lembrar, hoje que tinha algo guardado a pensar em ti, hoje o nosso dia quatro passou a ser um vulgar e banal. Devia ter sido o teu cabelo que acariciei. Deviam ter sido as tuas mãos que aqueci. Deviam ter sido os teus olhos a que eu olhei e me perdi. Devias ter sido tu a pedires-me para não te deixar. Devias ter sido tu a abrigar-me da chuva. Devias ter sido tu a abraçares-me. Devia ser eu o teu primeiro e último pensamento do dia.
Eu, eu acreditei em cada letra das palavras que murmuravas. A mim parece-me que todas as tuas previsões saíram ao lado. Que quando dizias "para sempre" esse tempo era demarcado não por mim mas sim por ti. Afinal as nossas noções de eternidade são bem distintas.
Não sei se foi por mim que partiste, se foi por ti que me deixaste. Não quero estar presa a ti, não quero esperar nem mais um ano, nem mais uma semana por ti mas na verdade eu lembro-me todos os dias que te amo. Poderei correr mundos e fundos mas a tua marca permanecerá junto do que guardo teu. Talvez aposte que em certas alturas te lembras não só de mim como de nós. Ainda olhas para o bilhete do Porto e consegues recordar-te dessa noite. Guardo o que deixaste e o que não deixaste. Sobretudo, guardo-te a ti entre todos os outros que passaram. Guardo-te, não em embrulhos, porque há noite dá-me uma enorme vontade de olhar para ti talvez para matar este bichinho a que eu chamo saudade. A saudade que conheces melhor que ninguém mas que não matas. A saudade que me causaste e que persiste em fazer. As saudades que tenho tuas. As saudades que teimam em dominar-me todos os dias, mal me deite e mal acorde. As saudades que vou mantendo, as que talvez também tenhas.
Deixa-me contar-te baixinho as vezes que já sonhei contigo. Deixa-me dizer-te quantas vezes as lágrimas não se controlaram. Deixa-me fechar os olhos e pensar que permaneces aqui. Deixa-me acordar e contar as horas para estar contigo. Deixa-me dizer-te que foste a melhor coisa que tive e que não devia ter partido. Deixa-me dizer-te que parte de mim ainda está contigo, sim apenas parte de mim a outra foi voltando. Senta-te aqui, vou-te ler o futuro, vou-te contar os planos que fiz mas que não chegaram a acontecer. Senta-te aqui junto a mim para te poder olhar e descobrir o que te vai aí dentro. Senta-te aqui para te aquecer as mãos. Senta-te aqui para me perder nos teus deliciosos cafunés. Senta-te aqui para te dizer o que senti quando partiste, o que vi cair e o que vi acontecer de novo. Sabes que digo e desdigo, que não concordo e no fim apoio mas sabes que sou feita assim, de concordâncias e discrepâncias. No entanto a minha promessa ainda ficou, não quebrei o que sempre, de qualquer maneira, te prometi. Segui um dos meus principios e não recuei no juramento que em tempos te fiz.
Não tínhamos a nossa linha traçada, não eramos estáveis mas tínhamos algo de bastante sólido. Afinal, quem é que gosta sempre da mesma rotina? Quem é que não aposta em algo de novo? O que estava escrito na mão dos deuses para nós apagou-se, fomos nós que criamos os nossos próprios traços. Aliás, foste tu que desenhaste as curvas em linda recta. Foste tu que quiseste arrancar a página de um capitulo que devia durar.
Mas eu não te vou estar a culpar pelo que era suposto fazeres e o que deixaste, na verdade ainda luto contra a vontade de não correr para ti, ainda tento controlar os velhos impulsos.
Eu, eu acreditei em cada letra das palavras que murmuravas. A mim parece-me que todas as tuas previsões saíram ao lado. Que quando dizias "para sempre" esse tempo era demarcado não por mim mas sim por ti. Afinal as nossas noções de eternidade são bem distintas.
Não sei se foi por mim que partiste, se foi por ti que me deixaste. Não quero estar presa a ti, não quero esperar nem mais um ano, nem mais uma semana por ti mas na verdade eu lembro-me todos os dias que te amo. Poderei correr mundos e fundos mas a tua marca permanecerá junto do que guardo teu. Talvez aposte que em certas alturas te lembras não só de mim como de nós. Ainda olhas para o bilhete do Porto e consegues recordar-te dessa noite. Guardo o que deixaste e o que não deixaste. Sobretudo, guardo-te a ti entre todos os outros que passaram. Guardo-te, não em embrulhos, porque há noite dá-me uma enorme vontade de olhar para ti talvez para matar este bichinho a que eu chamo saudade. A saudade que conheces melhor que ninguém mas que não matas. A saudade que me causaste e que persiste em fazer. As saudades que tenho tuas. As saudades que teimam em dominar-me todos os dias, mal me deite e mal acorde. As saudades que vou mantendo, as que talvez também tenhas.
Deixa-me contar-te baixinho as vezes que já sonhei contigo. Deixa-me dizer-te quantas vezes as lágrimas não se controlaram. Deixa-me fechar os olhos e pensar que permaneces aqui. Deixa-me acordar e contar as horas para estar contigo. Deixa-me dizer-te que foste a melhor coisa que tive e que não devia ter partido. Deixa-me dizer-te que parte de mim ainda está contigo, sim apenas parte de mim a outra foi voltando. Senta-te aqui, vou-te ler o futuro, vou-te contar os planos que fiz mas que não chegaram a acontecer. Senta-te aqui junto a mim para te poder olhar e descobrir o que te vai aí dentro. Senta-te aqui para te aquecer as mãos. Senta-te aqui para me perder nos teus deliciosos cafunés. Senta-te aqui para te dizer o que senti quando partiste, o que vi cair e o que vi acontecer de novo. Sabes que digo e desdigo, que não concordo e no fim apoio mas sabes que sou feita assim, de concordâncias e discrepâncias. No entanto a minha promessa ainda ficou, não quebrei o que sempre, de qualquer maneira, te prometi. Segui um dos meus principios e não recuei no juramento que em tempos te fiz.
Não tínhamos a nossa linha traçada, não eramos estáveis mas tínhamos algo de bastante sólido. Afinal, quem é que gosta sempre da mesma rotina? Quem é que não aposta em algo de novo? O que estava escrito na mão dos deuses para nós apagou-se, fomos nós que criamos os nossos próprios traços. Aliás, foste tu que desenhaste as curvas em linda recta. Foste tu que quiseste arrancar a página de um capitulo que devia durar.
Mas eu não te vou estar a culpar pelo que era suposto fazeres e o que deixaste, na verdade ainda luto contra a vontade de não correr para ti, ainda tento controlar os velhos impulsos.
3 comentários:
Foi profundo, e inebriante. Bastante. É pena que nem sempre a vida nos deixe ser felizes com as simples coisas, com o que parece ser tão simples por vezes. Mas muitas batalhas assim ainda virão, talvez piores, e tu nunca saberás quando estás em paz, quando ganhaste a grande guerra, porque se calhar ela nunca acaba, ou nunca saberás quando acabou. É se calhar daí que nasce a verdadeira essência da busca do desconhecido, do prometido, do bonito e poderoso. É assim que a vida nos guia de dia para dia, de ano em ano, e com sorte, muita, um dia será o nosso dia :)
amo-te minha xuxu.
Está intenso.
não leves as coisas demasiado a peito, por vezes nao sao tão duras quão parecem ser... falo por experiencia propria que bem conheces.
no fundo, sê feliz sempre que a vida é pra ser vivida, por ti!
amo-te pequenina
Está intenso.
não leves as coisas demasiado a peito, por vezes nao sao tão duras quão parecem ser... falo por experiencia propria que bem conheces.
no fundo, sê feliz sempre que a vida é pra ser vivida, por ti!
amo-te pequenina
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