« O encontro será apenas o momento no interior do pensamento onde tudo se resolve; o que fomos passa por nós na avenida é um pedaço da nossa vida que ainda quer sobreviver »
Eu vou tendo saudades; não te minto por me saberes ler os olhos e perceber que o teu bichinho vagueia por aqui e por ali.
Talvez vás sabendo a minha vida por terceiros e espantes certas e outras atitudes. Fiques surpreso pela maneira como encarei a vida e como, por entre sorrisos e choros soltos, nenhum foi em tua memória.
Já me habituei à tua não-presença, aos teus não-abraços e ao nosso-não a tempo inteiro. Vou largando partes de ti todos os dias; nos sítios que outrora nos pertenceram e agora são de um novo alguém; nos lençóis que um dia nos deitamos a contemplar o silêncio que nos aconchegava; aos presentes que me deram uma enorme dor de cabeça a encontrar; a isto eu lembro-te.
Nunca te dediquei cinco linhas de um texto da minha autoria, optei pelo mais básico e simples.
Hoje, não sei por que razão decidi lembrar-me de nós e do que parece estar tão distante. Não nos lamento ou choro nem por sombras, – as lágrimas que tiveram de cair já se juntaram ao rio Douro. A mistura de sentimentos que carregava já se mudaram de malas e bagagens e só sobrou isto, fechado 24h sob 24h na gaveta fica a única recordação sólida que permanece tua.
2 comentários:
gostei mto deste post! :)
Isto é o que toda a gente devia fazer em vez de andar por aí a sofrer por causa de coisas passadas.
Gostei Muito (:
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