sabias lá tu.

Sentaste-te bem lá no fundo só para não te poder avistar. Aos poucos foste-te aproximando com um olhar triste mas ao mesmo tempo impiedoso. Começaste a correr sem te puder apanhar. caíste. caíste no teu ego profundo e escuro. Nadaste bastante até chegares à tua estabilidade mas nunca conseguias, tinhas sempre algo para te puxar e fazer-te voltar a afogar. Assim constantemente e repetidamente foi a tua vida. Erguias e automaticamente caías. Chegaste por vezes nem saber porque caías mas dava-te prazer e recusavas tudo o que era de bom e abrias uma grande porta para tudo o que era mau.
Já no fim do teu grande ciclo vicioso, deste conta que não aproveitas-te mas sim desperdiças-te. Desperdiças-te uns longos anos da tua vida com infantilidades e imaturidades. aos teus olhos era tudo perfeito desde que fosse feito por ti. Demonstravas um inferno quente e maldoso, sentavas-te no teu trono de pedra fria e como numa bola de cristal vias um grande futuro, um futuro majestoso só para ti. Mas afinal essa tua previsão saiu-te mal. Esperava-te no fundo do teu poço um fim ainda pior do que desejaste para nós, ao qual tentaste fugir com toda a tua força, raiva, ódio e destruição que te sobressaía nos olhos. Lá foste tu, caindo cada vez mais. O fim era doloroso, sarcástico tal como foi toda a tua vida cheia de mágoa.

2 comentários:

Vera disse...

que doentio. que profundo e doloroso. gostei da precisão dessas palavras, e imagino-te a pensar dessa forma e sorrio. sorrio do quanto vejo que cresceste e mudaste em pouco mais de seis meses.
orgulho-me de ti minha miúda. e és e continuas a ser o que sempre pensei desde que nos conhecemos. és GRANDE, bem GRANDE!

e amo-te (L)

Anónimo disse...

desculpa..